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XIX Exposição de Arte e Cultura – Centro de Convivência Gracinha
13/12/2016

Nos dias 02 e 03 de dezembro aconteceu no CCA Gracinha a XIX Exposição de Arte e Cultura. Os trabalhos expostos são resultado do projeto Arte e Di.ver.cidade, que trabalhou aspectos culturais e históricos da cidade de São Paulo e do bairro do Butantã.

A abertura do evento ocorreu na última sexta-feira. No hall de entrada – que estava decorado com fotos das doadoras do terreno em que a unidade foi construída, D. Durvalina, D. Zilda e D. Ilda, também fundadoras do projeto – os visitantes puderam retirar audioguias da exposição, que foram produzidos pelas crianças do módulo II (9 a 11 anos). A narrativa, gravada para este fim, mescla informações sobre a rotina da casa e das atividades que acontecem diariamente em cada um dos espaços com relatos sobre a trajetória da unidade ao longo dos anos.

Na maior sala da unidade, os educandos, também do módulo II, reproduziram, em uma maquete, os prédios dos serviços públicos da região do Butantã. A experiência de observação e identificação dos locais ali retratados foi acompanhada pelos relatos de alguns moradores do bairro que contaram, em gravação, aos “Caçadores de histórias” – equipes organizadas pelas próprias crianças para coletar os áudios e informações para a realização deste trabalho –, um pouco sobre como a região do Monte Kemel cresceu e se desenvolveu.

Descendo as escadas do prédio foi possível observar a instalação com lambe-lambes produzidos pelos adolescentes do módulo III (12 a 14 anos).  As peças continham fotos da região e também do centro da cidade. Cada rua e ponto de São Paulo, ali representados, possuíam seus nomes indicados também em tupi-guarani, em referência aos estudos sobre culturas indígenas anteriormente realizados pelo grupo.

No espaço de convivência foi possível apreciar mais duas instalações, também produzidas pelo mesmo grupo. A primeira instalação era composta por uma projeção de sequências de fotos sobre temas urbanos escolhidos pelos adolescentes. Já a segunda, criada a partir da reflexão sobre os estereótipos e perfis associados à imagem da mulher – principal temática retratada pela artista e fotógrafa norte americana Cindy Sherman – foi composta por uma sequência de stop motion com personagens criadas pelos próprios educandos, que fotografaram e, posteriormente, transformaram as imagens em ilustrações. Os esquetes foram projetados no telhado do ateliê de artes.

As crianças do módulo I (6 a 8 anos) também fizeram trabalhos incríveis que deixaram a mostra ainda mais atraente e divertida. Os pequenos, a partir da escuta de determinados barulhos e sons, desenharam “monstros imaginários” que depois foram confeccionados em tecido. Cada monstrinho recebeu um RG de identificação e passaram a acompanhar as crianças durante as saídas pelo bairro. Cada monstro virou uma espécie de amigo confidente de cada criança, pois elas compartilharam com eles histórias sobre suas famílias e sobre suas preferências e gostos pessoais. Para dar mais realidade à vida das personagens, os educandos protagonizaram a locução da programação da “Rádio Monstro”, que ficou sintonizada durante toda a exposição.

O primeiro dia da exposição foi encerrado com a apresentação do grupo feminino Forró do Assaré, fundado por moradoras do Butantã.

O sábado foi dedicado às apresentações musicais do Passarim e da orquestra de percussão do CCA Gracinha. A comunidade e familiares, sempre presentes e que acompanham as apresentações dos grupos, ficaram encantados.

Confira como foi!