Carta aberta da Associação Pela Família / Carta aberta da Associação Pela Família

A presente carta tem a finalidade de elucidar os fatos, bem como rebater, de forma veemente, críticas infundadas. Para tanto, primeiramente, é necessário esclarecer a natureza da ASPF e seu funcionamento.

A ASPF, fundada em 1956, é uma instituição filantrópica, regida por nomas tipificadas no Código Civil e pelos dispositivos expressos em seu Estatuto Social.

As deliberações da ASPF seguem procedimentos estabelecidos no seu Estatuto Social, observando as competências de cada um dos órgãos: Assembleia Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo. Todos(as) os associados(as), inclusive os membros desses órgãos, exercem suas funções de forma voluntária, sem nenhum direito ao patrimônio da instituição.

Todos os recursos econômicos e financeiros da instituição são integral e obrigatoriamente aplicados na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos institucionais. Tais recursos podem ser próprios (receitas provenientes de prestação de serviços educacionais); privados (contribuições, doações e recursos de patrocínios); e públicos (derivados de isenções, convênios, termo de colaboração e outros de natureza similar provenientes da União, Estado, Municípios, autarquias e/ou sociedades de economia mista).

A ASPF, atualmente, tem quatro unidades, a Escola Nossa Senhora das Graças, a Escola Colibri e os Centros de Convivência Gracinha e Clarisse Ferraz Wey.

No dia 29 de junho, a Assembleia de Associados da ASPF decidiu encerrar as atividades de três unidades: Centros de Convivência Gracinha e Clarisse Ferraz Wey, a partir do mês de agosto, e Escola Colibri, ao final deste ano.

O fechamento dos Centros envolveu estudos diversos fundamentados na legislação à qual estamos sujeitos.

Desde o início desse processo, a ASPF tem informado todos(as) os envolvidos(as), porém, julgamos importante esclarecer publicamente os fatos, para que sejam transmitidos da forma correta.

Até 2009, a legislação permitia que as instituições filantrópicas aplicassem pelo menos 20% da sua receita bruta, proveniente dos seus serviços de educação, em atividades educacionais ou assistenciais. Dessa forma, a contrapartida da isenção de impostos da ASPF era utilizada para a manutenção dos Centros de Convivência. Nos Centros Clarisse e Gracinha, além dessa verba, já havia, também, o recurso recebido do convênio com a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS.

Nessa época, o Colibri ainda era um Centro de Convivência, porém, sem convênio com a Prefeitura do Embu, onde está localizado.

Em 2009, foi aprovada a Lei 12.101, que determinou a área de preponderância de uma instituição de acordo com a sua maior receita, portanto, no caso da ASPF, a educação. A mesma lei determinou que as instituições filantrópicas devem utilizar a contrapartida de impostos das receitas geradas, apenas na sua área de preponderância. Assim, as atividades dos Centros, legalmente enquadradas como assistência social, não puderam mais ser mantidas com a verba de filantropia.

A partir de então, para a ASPF cumprir as exigências legais de uma instituição filantrópica de educação, ela passou a conceder bolsas de estudo em escola de educação básica, com número de bolsistas estabelecido em lei, bem como suas características de vulnerabilidade, que devem ser avaliadas e comprovadas por uma assistente social.

Em 2010, atendendo à nova legislação, a ASPF transformou o então Centro Colibri, na Escola Colibri, com Educação Infantil e Ensino Fundamental I.

Desde então, não podendo mais utilizar a verba de filantropia para o trabalho de assistência social, a ASPF, pelo compromisso com as comunidades atendidas, sem nenhum incentivo fiscal, optou por manter os Centros Clarisse e Gracinha com recursos próprios, e com a verba do convênio com a SMADS, que atualmente custeia menos de 50% das atividades.

Em 2017, ao responder a um edital de chamamento público para a continuidade dos convênios dos Centros Clarisse e Gracinha, nos deparamos com o risco de não conseguir, pelo fato de os imóveis dessas unidades não serem acessíveis. Famílias do Centro Gracinha, ao saberem dessa situação, foram ao Ministério Público – MP pleitear a renovação do termo de parceria com a SMADS, independentemente da acessibilidade. O MP, porém, questionou a falta de acessibilidade não apenas à ASPF, mas também à SMADS. Na ocasião, a ASPF informou que quando houvesse recursos disponíveis, realizaria as adequações necessárias.

Ainda em 2017, concorremos a um edital do Consulado do Japão, que disponibilizaria recursos para uma adequação parcial no Centro Gracinha. Fomos uma das instituições escolhidas, porém, a ASPF estava em um momento de transição do Conselho Diretor, tomando todas as providências pertinentes, junto às instituições externas, que, no entanto, não se concluíram a tempo. Solicitamos ao Consulado do Japão um prazo maior para atender às exigências, que não nos foi concedido, dado que o valor deveria ser disponibilizado dentro do ano fiscal japonês, que estava se encerrando.

No início de 2019, contratamos uma empresa de arquitetura para elaboração de novos projetos, e com os respectivos protocolos, os convênios foram renovados com a SMADS. Os projetos foram aprovados no início de 2020 pela Prefeitura, que estabeleceu o prazo de 180 dias para execução das obras.

Em março de 2020, representantes da ASPF e SMADS participaram de reunião no MP e se comprometeram, respectivamente, a encaminhar as providências para a adequação nos imóveis e fornecer espaço adequado para acolher as crianças e os adolescentes durante a execução das obras.

Os orçamentos para execução das referidas obras foram solicitados a três empresas, das quais somente duas nos enviaram suas propostas, apenas no final do primeiro semestre, pois, nesse intervalo, tinha sido decretada a pandemia. O menor valor para a reforma dos dois imóveis foi de R$ 780.000,00.

Ainda em 2020, a Assembleia de Associados da ASPF, considerando o elevado custo para as obras, muito superior, inclusive, ao valor venal dos imóveis, que são muito antigos, decidiu não as realizar. Na mesma Assembleia, foi autorizado o envio de uma solicitação à SMADS para cessão de imóvel acessível ou a inclusão dos custos de aluguel no convênio, visando à continuidade dos atendimentos.

Apenas em maio deste ano, seis meses depois, recebemos a resposta negativa da SMADS para ambas as solicitações.

Chegamos a iniciar a busca por imóveis, porém, como todos(as), sofremos as consequências da pandemia, que determinou um decréscimo em nossos recursos. Deparamo-nos com uma nova realidade, a inviabilidade financeira para aquisição de um imóvel adequado, bem como para a manutenção dessas unidades.

A Assembleia de Associados, realizada em 29 de junho deste ano, já citada anteriormente, estava diante dos seguintes fatos: negativa da SMADS em fornecer ou arcar com os custos de locação de imóveis acessíveis; alto custo das obras para adequação dos imóveis dos Centros; demanda do MP e final do prazo para atender ao disposto no Inquérito Civil já instaurado e, por fim, ausência de recursos públicos e privados e o decréscimo, decorrente da pandemia, em seus recursos próprios.

Diante de tais fatos, visando preservar a sustentabilidade da ASPF, não houve alternativa, se não a Assembleia deliberar pelo encerramento das atividades dos Centros Gracinha e Clarisse e da Escola Colibri. Lembramos que nenhum(a) funcionário(a), nem mesmo as participantes do Núcleo de Gestão, tem direito a voto na Assembleia.

Imediatamente após a decisão da Assembleia de Associados, o Conselho de Administração e o Núcleo de Gestão realizaram uma reunião com os diretores das referidas unidades, que já tinham sido informados da realização da Assembleia.

No mesmo dia, o Núcleo de Gestão fez reuniões os(as) funcionários(as) da Escola Colibri e dos Centros. Os e-mails enviados para os(as) funcionários(as) envolvidos(as) apenas oficializaram as informações transmitidas nas reuniões.

A reunião com as famílias dos Centros, também com a participação do Núcleo de Gestão, a pedido dos diretores, foi realizada apenas na semana seguinte.

Foi realizada, também, uma reunião com os(as) funcionários(as) da ENSG e da sede, e outra com representantes da Organização de Pais do Gracinha – OPG, com o objetivo de comunicar a decisão e esclarecer dúvidas. A reunião com os(as) professores(as) da ENSG foi realizada quando retornaram das férias.

Posteriormente à primeira reunião, atendendo uma solicitação do grupo de funcionários(as) dos Centros, houve um encontro deles(as) com representantes dos(as) associados(as).

Nos encaminhamentos para o encerramento das unidades e nas tratativas com a SMADS, ficou acertado que as atividades dos Centros continuarão até 11 de outubro de 2021. É importante ressaltar que, pelos prazos legais, a partir de 23 de outubro, os imóveis, não tendo acessibilidade, ficarão irregulares para a utilização, da ASPF ou de qualquer outra instituição.

A ASPF aprovou a extensão do convênio médico para os(as) funcionários(as) e o fornecimento de cestas básicas para as famílias dos(as) educandos(as) dos Centros, a partir do encerramento, até dezembro de 2021.

Apesar de sabermos que a SMADS, cumprindo sua responsabilidade, já abriu edital para a continuidade dos atendimentos dos(as) educandos(as) no território dos Centros, estamos em busca de instituições capazes de assumir essa demanda.

Também estamos buscando instituições com as quais possamos estabelecer parceria para dar continuidade ao atendimento na Escola Colibri, no mesmo espaço onde ela funciona atualmente.

A ASPF, fiel à sua Missão, comprometida com a justiça social, continuará contribuindo para que os(as) alunos(as) tenham uma convivência mais justa e democrática, ampliando o projeto de concessão de bolsas de estudo na ENSG, no qual aplicará a verba de filantropia.

Desejamos realizá-lo com a colaboração de todos(as) que trabalham conosco.

 

Associação Pela Família

Nota de Falecimento / Nota de Falecimento

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do associado Francisco Augusto Carmil Catão, hoje pela manhã.
Sr. Francisco foi associado desde 1988 e desempenhou, de forma exemplar, suas funções em diversos cargos dentro da instituição, entre eles, o de presidente, entre 2010 e 2013.
Unidos à família, em especial à D. Laura e Ana Catão, pedimos que Deus conforte os familiares.

Campanha solidária / Campanha solidária

As famílias precisam da sua ajuda mais do que nunca!

A pandemia provocada pelo novo coronavírus afeta a vida de todos(as), mas especialmente das comunidades empobrecidas, que, neste momento, se tornam ainda mais vulneráveis.

A Associação Pela Família, antecipando-se a essa situação, em meados de março, distribuiu cestas básicas a 380 famílias atendidas nas nossas unidades: Centros Clarisse e Gracinha e Escola Colibri.

No entanto, a necessidade de isolamento se estende e toda ajuda a essas famílias é bem-vinda!

Junto às lideranças dessas comunidades, estamos organizando uma campanha para arrecadação e distribuição de itens de primeira necessidade.

Você também pode fazer parte dessa ação! Juntos, podemos mais!

Doe alimentos, leite e materiais de higiene e limpeza.

As doações serão recebidas em horário comercial nestas duas lojas (ambas no Jardim Jaqueline): Marcos MR, Rua Carlantonio Carlone, 41; e Maria’s Modas, Rua Carlantonio Carlone, 117.

Se preferir, faça sua doação na conta abaixo. Assim faremos a compra e a distribuição dos produtos.

Associação Pela Família

CNPJ: 61.330.817/0001-12

Banco Bradesco (237)

Ag.: 0133

C/C: 79320-5

 

Compartilhe esta campanha, doe, colabore!

Sua ação fará a diferença!

Em nome de todos(as), a Associação Pela Família agradece!

 

Mais informações:

WhatsApp: (11) 96412-5599

E-mail: gracinha@centrogracinha.org.br

WhatsApp: (11) 97237-4142

E-mail: clarisse@centroclarisse.org.br

Batizado do boi / Batizado do boi

Durante o mês de junho, o Centro de Convivência Gracinha ficou a todo vapor. Por ser o mês dos festejos juninos, nossa fogueira queimou e esquentou os pandeirões; as bandeiras esticadas enfeitaram nossa unidade; e crianças e adolescentes ficaram agitados(as) aguardando o grande dia. Essa festa foi consagrada com o batizado do nosso boi, e as toadas foram cantadas por diferentes vozes.

Teve arrasta-pé, quadrilha, brincadeiras juninas e muitas comidinhas que as famílias levaram para contribuir com o lanche coletivo da festa. Houve até um mastro de frutas em homenagem a São João.

Semana de Combate às Violências / Semana de Combate às Violências

No mês de maio, o Centro de Convivência Gracinha participou da Semana de Combate às Violências, ação promovida pelo Fórum de Defesa de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes do Butantã (Foca-BT).

O objetivo dessa semana é promover encontros e ações de reflexão sobre diversas formas de violência contra crianças e adolescentes existentes na sociedade. Dentre as atividades propostas pelo Centro de Convivência Gracinha, destacamos:

- Painel sobre racismo no Brasil, com Leandro Mendes – educador do Centro Gracinha e do Museu Afro Brasil.

- Roda Viva sobre a cultura como mecanismo de enfrentamento à violência. Houve participação dos seguintes mediadores: Maira Freitas – historiadora, educadora, feminista e produtora cultural; Evandro Gonçalves Feitosa – grafiteiro e artista plástico; e Ridson Mariano da Paixão – slammer e rapper.

- Café Filosófico com as famílias e a comunidade sobre os temas: violência doméstica, com Arlete Scordellari – psicóloga e coordenadora do Serviço de Proteção às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência (SPVV); empoderamento do feminismo negro, com Joyce Rodrigues – professora da Escola Técnica Estadual/Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Etec Cepam), especialista em Políticas Públicas Legislativas pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Planejamento e Gestão do Território pela Universidade Federal do ABC (UFABC) e coordenadora de projetos do Instituto Votorantim; e intolerância às religiões de matriz africana, com a ialorixá Luciana de Oya – assistente social e membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo (CMDCA-SP).

Sarau Coisa de Menina / Sarau Coisa de Menina

O Sarau Coisa de Menina completou dez anos, se tornando data obrigatória no calendário do Centro Gracinha. Ao longo desses anos, o Sarau foi se constituindo como um espaço de manifestação cultural e literária, onde vários artistas, de diversos âmbitos, puderam somar conosco. Mel Duarte, Luciana Coin e o grupo de teatro “As mal amadas” foram alguns deles.
Neste ano, o Sarau homenageou a escritora Carolina Maria de Jesus, mulher negra, foi moradora do bairro do Canindé, na cidade de São Paulo. Catadora de papel, se tornou escritora a partir de livros que ela recolhia entre os objetos que achava, e guardava em um quartinho na sua casa, que ela própria nomeou como quarto de despejo, título do seu livro mais conhecido. Suas histórias conversam com histórias de muitas famílias que atendemos, vimos crianças e adolescentes do Centro se identificarem nas leituras, atingindo o intuito do evento, que é gerar interesse por diversas linguagens artísticas e fomentar o desejo de criação nos educandos.

 

 

Plantação de bananeira, agroecologia e capoeira no Clarisse / Plantação de bananeira, agroecologia e capoeira no Clarisse

Iniciamos as atividades do Centro Clarisse em 2019 com novas parcerias!
Estudantes e professores(as) dos cursos de Oceanografia, Biologia e Geografia da Universidade de São Paulo (USP) participarão do projeto , que será integralmente financiado e monitorado pela pró-reitora de extensão.
O objetivo do projeto é contribuir para o desenvolvimento da percepção do espaço público por meio da interação entre o ambiente natural e o social. Serão realizadas vivências com o uso de história oral, movimentação corporal e conhecimentos das Ciências Sociais.
A capoeira, parte fundamental do projeto, será desenvolvida pelo Centro de Estudos e Aplicação da Capoeira (Ceaca). O Ceaca trabalha com expressão corporal, social e cultural da capoeira na região há mais de 30 anos, atuando em diversas instituições, como a Emef Desembargador Amorim Lima, referência entre as escolas municipais de São Paulo por ser pioneira na adoção da metodologia da Escola da Ponte de Portugal.
O Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional do Butantã (Cresan-Bt) e o Parque Raposo Tavares também são parceiros nessa iniciativa.
O projeto, que tem duração de um ano, com atividades semanais, será mais um espaço de fortalecimento dos vínculos comunitários criados pelo Clarisse, em parceria com a comunidade e a academia.

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Parceria INSTITUTO BM&F BOVESPA e Centro Gracinha / Parceria INSTITUTO BM&F BOVESPA e Centro Gracinha

O Centro Gracinha, em parceria com o INSTITUTO BM&F BOVESPA, organizou um mutirão com o objetivo de prestar serviços básicos para as famílias atendidas e comunidade do entorno, que têm difícil acesso a serviços de saúde, educação, cultura e lazer.
A parceria foi estabelecida por meio de um edital. O Gracinha concorreu com várias outras instituições sociais e foi eleito pelos funcionários da Bovespa.
O início da ação, no dia 27 de outubro, contou com atividades realizadas com as famílias, crianças e adolescentes atendidos. Eles construíram um jardim vertical de plantas alimentícias não convencionais (PANCS), uma composteira, um sistema de captação de água de reúso e pintaram a quadra.
Seguiram-se atividades desenvolvidas semanalmente, como a doação de livros, gibis e jogos.
A última grande ação acorreu no dia 10 de novembro e envolveu também a comunidade do entorno. Profissionais de diferentes áreas e funcionários da BOVESPA e do Centro Gracinha realizaram atividades esportivas, artísticas e de culinária, ofereceram orientação jurídica, organizaram uma feira de profissões, além do atendimento de saúde, que foi o mais procurado: orientação sobre doenças e higiene bucal.
A parceria possibilitou a execução do projeto de sustentabilidade ambiental da unidade, dialogando com temáticas abordadas durante o ano. É fundamental observar a aproximação das pessoas com ações relativas às práticas sustentáveis, para dar continuidade ao trabalho. A partir da construção da horta e da composteira, a comunidade do Gracinha tem a oportunidade de desenvolver novos hábitos e atitudes sustentáveis.
“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.” Raul Seixas

Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente / Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente

A Ação Social da ASPF participou da primeira Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente realizada dentro da Fundação Casa do estado de São Paulo, Complexo Raposo Tavares, no dia 26 de outubro.
Roberta Sato e Keila Mendes, educadoras do Centro Gracinha e do Centro Clarisse, respectivamente, estiveram presentes neste momento importante da história de luta pelos Direitos da Criança e do Adolescente na região do Butantã, contribuindo com a organização da Conferência, elaboração da proposta e realização das oficinas.
O Fórum em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Butantã (FOCA-Bt), em conversa com o diretor e a equipe pedagógica da Fundação desde maio de 2018, foi responsável pela parceria ao insistir na importância da inserção, neste debate, dos meninos que estão internados.
Em um debate em que crianças e adolescentes apontam onde seus direitos estão sendo violados, não ouvir os adolescentes em medidas de privação de liberdade torna o debate insuficiente. A contribuição deles é fundamental ao se falar de cerceamento de direitos, pois fazem parte de um dos grupos que mais tem seus direitos violados, e até agora estavam impossibilitados de se colocar.
A Conferência teve participação 16 adolescentes internos e da equipe técnica e pedagógica da Fundação – agentes, professores, coordenador pedagógico e o diretor da unidade. Durante o evento, que tinha como tema principal VIOLÊNCIA DE GÊNERO, os adolescentes refletiram e discutiram sobre o tema, elencando problemas e soluções, além de propor critérios para a eleição de um delegado que, posteriormente, os representou na Conferência Lúdica Municipal do Direitos da Criança e do Adolescente, realizada nos dias 7 e 8 de novembro, na Galeria Olido, no centro da cidade.

Semana do ECA / Semana do ECA

Há 18 anos, o Fórum em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Butantã (FOCA-Bt) realiza a Semana do ECA no mês de setembro. O Centro de Convivência Gracinha, desde o início, participa e tem um papel importante nesta ação.
A Semana do ECA tem por objetivo promover o encontro dos diversos atores do sistema de garantia de direitos – da saúde, educação, assistência social, conselho tutelar, comunidade, entre outros – para partilhar experiências e promover ações de promoção dos direitos da criança e do adolescente.
Este ano, a Semana do ECA começou com duas atividades potentes. A primeira, intitulada “Políticas Públicas: onde está o compromisso com a Infância e a Adolescência como prioridade absoluta?”, realizada no CEU UIRAPURU, contou com os palestrantes Daniel Palotti Secco, defensor público, coordenador auxiliar do Núcleo Especial da Infância e Juventude, e Gledson da Silva Deziatto, conselheiro tutelar do Rio Pequeno e Raposo Tavares, que mediaram a roda de conversa com os adolescentes de diversos Centros da Criança e do Adolescente e com os alunos do Ensino Fundamental II do CEU UIRAPURU.
No mesmo dia, foi realizada outra mesa – “Redes de Proteção: criança e adolescente como prioridade absoluta”–, realizada na Diretoria Regional de Educação (DRE) do Butantã, e foi composta por Willian Fernandes, advogado, professor universitário e ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, e Eduardo Dias, promotor de Justiça na área da infância e juventude da capital. As redes de proteção têm sido uma pauta constante no FOCA-Bt, pois a região de Butantã é a primeira e a única da cidade de São Paulo a estabelecer polos de rede de proteção, fazendo com que a saúde, a assistência e a educação pensem em estratégias conjuntas para atendimento de situações complexas que envolvem as crianças e os adolescentes do território.
Ao longo da Semana, mais de 37 atores participaram e conduziram atividades internas, para os seus públicos, e externas, abertas para a comunidade, sobre os direitos de crianças e adolescentes.
Destacamos a atividade organizada pelos serviços de medidas socieducativas em meio aberto da Vila Sônia e do Rio Pequeno, denominada DIA DE LAZER NA PRAÇA. Ao longo do dia, as crianças puderam participar de um campeonato de futebol comunitário, além de retomar o espaço do brincar na rua com atividades de taco, pipa, capoeira, percussão e lanche coletivo, como forma de refletirmos sobre os espaços públicos e o dever da comunidade em zelar pelos direitos das crianças e adolescentes. Destacamos também o Sarau POETEC, organizado pelos alunos do curso de orientação comunitária da ETEC CEPAM, que foi precedido pela palestra “Estatuto da Criança e do Adolescente: Histórico de criação e desafios atuais”, do professor da casa José Nildo.
O FESTIVAL NOSOSTROS, promovido pelo Centro de Convivência Gracinha, encerrou esta semana tão especial com diversas atrações culturais e artísticas, pois acreditamos que o acesso à cultura é um direito fundamental, por isso ocupar o território com oficinas, música, dança, teatro e poesia é dever do nosso serviço.

Parlamento Jovem Paulistano 2018 / Parlamento Jovem Paulistano 2018

Com o objetivo de oferecer aos estudantes do Município, matriculados no Ensino Fundamental II, uma formação para o exercício da cidadania e a promoção da democracia, em 2001 a Câmara Municipal de São Paulo criou o Parlamento Jovem Paulistano. Por um dia, 55 jovens selecionados por meio de um concurso de Projetos de Lei (PL) exercitam as funções e os trabalhos do Poder Legislativo.
A Escola Gracinha há 10 anos participa dessa simulação e desenvolve, numa etapa anterior, um trabalho de pesquisa dos problemas da cidade de São Paulo e a elaboração de PLs para solucioná-los. Os projetos a serem enviados para o concurso são votados depois de um debate regrado, realizado no auditório da escola. Desde 2016, os jovens do Centro Clarisse e da ENSG desenvolvem juntos os projetos.
Neste ano, um educando do Centro Clarisse e aluno da EMEF Vianna Moog, Gabriel Henrique Soares Ramos, e uma aluna da Escola Gracinha, Luiza Badin, foram selecionados entre 179 projetos inscritos e representarão, nos dias 5 e 9 de novembro, seus grupos de trabalho, com os PLs que desenvolveram nas áreas de Trânsito e Transporte e da Saúde, respectivamente.
Parabenizamos todos os jovens e educadores envolvidos no processo!

Festival Nosotros / Festival Nosotros

Com atrações musicais, teatrais, oficinas variadas e um espaço lúdico, o Festival encerrou a XVIII Semana do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) do Butantã, da qual o Centro Gracinha participa desde o início junto com outras instituições da região.

Sendo o acesso à cultura um direito fundamental, a ocupação do território com manifestações artísticas e culturais é uma meta do nosso trabalho. O tema educacional do ano no Gracinha, cultura latino-americana, foi a inspiração do evento, desafiando concepções de nós e outros. No dia 29 de setembro fomos nosotros.

Propondo-se a pensar NosOutros, o evento abordou questões relacionadas ao fazer coletivo como ação fundamental para o desenvolvimento de habilidades emocionais, manuais e de socialização.

Os visitantes puderam ampliar seus horizontes a partir do encontro consigo e com o outro, em mútua aprendizagem, onde o que somos está diretamente relacionada ao que fazemos.

A atuação das crianças, adolescentes e famílias organizando, executando e participando do evento foi indispensável!

Parlamento Jovem 2018 / Parlamento Jovem 2018

Neste mês, adolescentes do Centro Clarisse e da Escola Gracinha, em encontros realizados nas duas unidades, elaboraram, apresentaram e votaram os Projetos de Lei a serem encaminhados para o Parlamento Jovem 2018.

No processo, os estudantes discutiram problemas da cidade de São Paulo que os tocam de perto, partilharam experiências e observaram as diferenças em suas vivências. Chegaram, entretanto, a pontos de convergência no desenvolvimento dos três projetos, ao se guiarem pelo bem comum da cidade.

O Projeto de Lei (PL) de educação propôs “a instalação de um sistema de laboratórios de fabricação digital nos 46 CEUs do município de São Paulo, que servirão de polo de educação tecnológica nas regiões em que se encontram”. Propôs também a criação de um aplicativo para instruir os participantes sobre o uso dos equipamentos e divulgar as ações e resultados dos trabalhos.

O PL de saúde propôs a criação de uma Unidade Móvel de Saúde Escolar para cada Diretoria Regional de Ensino. Um agente de saúde escolar trabalhará na medicina preventiva, diagnosticando os problemas de saúde das crianças e adolescentes e encaminhando a uma Unidade Móvel para atendimento.

O terceiro projeto, de mobilidade urbana, propôs que “empresas de médio e pequeno porte que se mudarem para os bairros com o Índice de Desenvolvimento Humano inferior a 0,5 terão um desconto significativo em seu IPTU por dez anos, podendo se estender de acordo com o tempo de permanência da empresa no lugar”, uma forma de pensar na qualidade de vida dos trabalhadores e nas condições de mobilidade urbana e ambientais da cidade.

A votação foi realizada por alunos dos 8º anos da ENSG e educandos do módulo II do Clarisse que se inscreveram para as vagas de eleitores.

Boa sorte na próxima etapa!

Grupo de Danças Brasileiras no SESC Campo Limpo / Grupo de Danças Brasileiras no SESC Campo Limpo

O Grupo de Danças Brasileiras do Centro de Convivência Gracinha conduziu no domingo, 29 de julho, a vivência do evento Manifestações Populares do Brasil, no SESC Campo Limpo.

Com ensaios abertos e vivências, o projeto do SESC busca estimular as brincadeiras e danças de várias manifestações populares do Brasil, integrando os participantes por meio da experimentação de ritmos e estilos de danças. Nesta edição do evento, o foco foi a cultura popular do Bumba meu Boi, com a condução do Centro Gracinha.

As festas do Boi que acontecem no Gracinha já são uma tradição no Butantã. Agora, o grupo composto por crianças e adolescentes entre 06 e 14 anos, que desenvolve ações voltadas para manifestações culturais brasileiras, tais como Maracatu, Ciranda, Coco e Bumba meu Boi, pôde compartilhar esta tradição com um público mais amplo.

A apresentação foi emocionante, com participação expressiva do público do SESC Campo Limpo! As famílias dos Centros Gracinha e Clarisse foram convidadas a acompanhar o grupo e participar desta e de outras atividades culturais e esportivas disponíveis no local.

IX Conferência Regional dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente do Butantã / IX Conferência Regional dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente do Butantã

Nos dias 24 e 25 de maio, os Centros Clarisse e Gracinha participaram, no CEU Uirapuru, da IX Conferência Regional dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente do Butantã, organizada pelo FoCa-Bt – Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Butantã. Essa é a primeira etapa realizada na cidade de São Paulo.

O FoCa-Bt, ao longo de 18 anos, vem trabalhando e articulando ações em defesa das crianças e dos adolescentes no bairro do Butantã, aprimorando cada vez mais sua atuação. Em 2018, com o apoio de instituições e escolas da região, a Conferência reuniu cerca de 250 crianças, adolescentes, jovens e adultos em dois dias de muito debate e compartilhamento de experiências.

Essa Conferência teve como tema “Proteção integral, diversidade e enfrentamento das violências”. Os participantes escolheram 10 subtemas para discutir, buscando as causas dos problemas e propostas para solucioná-los.

Ao final do segundo dia de discussão, foram eleitos 34 delegados e suplentes que irão representar o Butantã na Conferência Lúdica Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes e na Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Paulo, que acontecerão em setembro e novembro. Desses 34 delegados, 5 são dos Centros Clarisse e Gracinha: Karen Ranyere de Almeida Cardoso, Micaela Nichols Alen Pereira, Heitor Benevides Ribeiro, Maria Anete de Oliveira Silva e Roberta Reiko Durante Sato Bodião.

Semana de Combate à Violência / Semana de Combate à Violência

Na semana de 14 a 18 de maio, ocorreu na região do Butantã a III Semana de Combate à Violência, uma ação proposta e organizada pelo FoCa-Bt – Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Butantã. O objetivo foi provocar uma reflexão sobre as diversas formas de violência e violações de direitos sofridos pelas crianças e adolescentes da região.

Estabelecido a partir da morte de Araceli Cabrera Crespo, uma menina de oito anos que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada no Espírito Santo em 1973, 18 de maio se tornou, desde 2000, o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso, Exploração e Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. O caso permanece ainda hoje sem solução e a data serve como um lembrete à sociedade de que essa realidade ainda não foi superada.

As unidades Clarisse e Gracinha, da Ação Social, participaram ativamente da Semana. Realizaram programações pensadas para contextualizar e sensibilizar os educandos, educandas e suas famílias, sobre a temática da violência sexual. A campanha “Não engula o choro” mostrou como identificar e denunciar situações de violência.

Ambos os centros organizaram Slams – batalha de poesias autorais – nas suas atividades. O Slam Gracinha foi a ação catalisadora da temática da semana. Já no Clarisse, o Slam aconteceu em conjunto com o CCA São Miguel e teve a participação da slamer Patricia Meira em uma oficina de produção de poemas.

O Centro Gracinha realizou também uma conferência livre – etapa preparatória para a conferência regional – que contou com a participação de alunos da EMEF Arthur Whitaker, fortalecendo o polo da rede de proteção do qual fazem parte. Já o Centro Clarisse fez uma atividade no Parque Raposo Tavares, em parceria com CCAs São Mateus, São Gabriel e São Miguel para falar sobre o direito ao lazer na comunidade.

Destacamos ainda a roda de conversa sobre racismo e intolerância com os educadores do serviço de medidas socioeducativas em meio aberto, Renato, Elder e Paulo Kizumba, com as crianças e adolescentes do Clarisse. Para as famílias do Gracinha, o DE.BATE PAPO trouxe a coordenadora do Núcleo de Proteção Jurídica do CREAS-BT, Lídia Inti, para falar sobre violência intrafamiliar; a militante feminista da marcha das mulheres, Cínthia Abreu, abordando o tema do direito ao próprio corpo; e Fábio Barbosa, do Fórum de Sustentabilidade e supervisor de habitação em duas gestões municipais, tratando do direito à moradia.

Horta Vertical / Horta Vertical

Da composteira à horta vertical, mais do que recursos didáticos, é a sustentabilidade em ação no Clarisse!
Em abril, finalizamos o primeiro ciclo do Projeto Sustentabilidade em Ação, com o plantio das mudas da horta vertical.
O projeto teve início em 2016 com a aquisição e montagem de uma Composteira e Minhocário. Ao longo de um ano, os educandos do módulo I foram responsáveis por cuidar da composteira, alimentando e recolhendo o composto. Descobriram quanta vida existe num punhadinho de terra, em que organismos microscópicos e minhocas reciclam toda a matéria orgânica, transformando-a em um rico adubo! Com isso, a matéria orgânica que iria para o lixo comum – resíduos orgânicos representam a maior parte do lixo poluente no Brasil -, com o tratamento certo virou um rico adubo para nossa horta.
A estrutura da horta foi construída com pallets, doados e comprados, que foram reciclados, lixados, tratando a madeira, que depois foi pregada na parede.
Invertendo a lógica de que só os mais velhos têm a ensinar, foi realizado um intercâmbio de conhecimentos no qual educandos do módulo I, munidos do conhecimento sobre a composteira, ensinaram aos educandos do módulo II o quanto o húmus produzido nela ajuda no cultivo de uma horta orgânica, livre de venenos, e também como alimentá-la para que isso seja possível. Assim, colocando o novo conhecimento em prática, prepararam um bom solo – substrato – para o plantio.
A cada dia, com muita conversa e trabalho, preenchemos a nossa horta de plantinhas e sementes, que cuidaremos coletivamente. Elas serão a base da continuidade da nossa Sustentabilidade em Ação!
Mais do que recursos didáticos, as atividades envolvendo a composteira e a horta trouxeram aos educandos e educadores, bem como a outros atores do Jardim Jaqueline, interações e ensinamentos sobre o cuidado com a nossa saúde e alimentação, o respeito com animais, plantas e o nosso planeta como um todo, compreendendo o ecossistema como vivo e interligado.

Direito à cidade / Direito à cidade

No mês de abril, realizamos no Centro Gracinha um Estudo do Meio com a temática do direito à cidade, que é uma etapa preparatória para a participação dos educandos na Conferência Regional de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente.

Este estudo aconteceu em parceria com o Centro de Convivência Clarisse e a 2ª série do Ensino Médio da Escola Nossa Senhora das Graças.

A proposta é a interação entre os diversos participantes, a partir de seus olhares para as questões urbanas e sociais da cidade possíveis de serem observadas na periferia da Zona Oeste de São Paulo.

Os adolescentes foram orientados a observar se os direitos à moradia, aos espaços verdes, ao lazer e à mobilidade estão sendo garantidos ou violados na gestão das políticas públicas municipais, tendo como base as determinações do Plano Diretor da cidade.

Uma série de três encontros entre os alunos da Escola e os educandos dos dois Centros compõem o trabalho. Neles estão previstas conversas com lideranças comunitárias do Butantã, bem como com a visita ao Jardim Jaqueline e à favela do Labirinto, no Jardim Monte Kemel. As duas primeiras etapas ocorreram no dia 17 e 24 de abril e a última acontecerá no dia 8 de maio.

Após as saídas a campo, os participantes se reunirão para compartilhar suas observações e construir em conjunto propostas de solução para os desafios identificados.

Como desdobramento do estudo, os alunos da ENSG foram convidados a participar da Conferência Regional da Criança e do Adolescente do Butantã, da qual os Centros já participam desde 2001.

Renascimento do Boi / Renascimento do Boi

No dia 7 de abril, quem visitou o Centro de Convivência Gracinha participou de uma imersão cultural na festa do Renascimento do Boi.

Esta festa popular brasileira tem suas origens ligadas às culturas europeia, indígena e africana, facilmente perceptível nas indumentárias, adereços, instrumentos e personagens presentes no folguedo. O  Bumba Meu Boi acontece principalmente no estado do Maranhão, embora esta representação esteja presente, de diferentes formas, em diversos estados brasileiros.

Em São Paulo, esta manifestação cultural foi trazida por imigrantes maranhenses e se disseminou em vários bairros da cidade. No  bairro do Monte Kemel, ela acontece em três festas ao longo do ano no Centro de Convivência Gracinha. As três festas são relacionadas ao ciclo da vida: nascimento, batizado e morte.

Nelas, crianças, adolescentes e ex-gracinhas tocam, dançam e cantam ao som de instrumentos originários da tradição, como os pandeirões, tambores-onça, matracas e maracas, que são aquecidos na fogueira. Além de personagens que representam as três culturas que deram origem à brincadeira –  o boi, o vaqueiro, as índias e o amo –, alegra também a festa uma decoração criada com a temática dos santos juninos.

No decorrer do ano, o grupo de dança faz ensaios abertos para os outros educandos e a comunidade em geral, que responde participando ativamente de todas as festas.

A primeira festa do ciclo do Bumba Meu Boi, o renascimento, foi um sucesso. Em junho e novembro acontecem os rituais de batizado e morte do boi.

Venha dançar e se divertir com a gente, participando dos ensaios todos os sábados!

Clarisse Digital / Clarisse Digital

         O Centro Clarisse, de olho no uso das novas tecnologias, tem apostado na formação da equipe e no aperfeiçoamento das ferramentas tecnológicas.

         O Projeto “Clarisse Digital” teve como primeiro passo a formação dos funcionários para uma melhor exploração dos recursos já existentes, a fim de ampliar e aprimorar o planejamento do dia a dia. Estão utilizando agora a plataforma Moodle para sistematização e compartilhamento do trabalho, criando mais uma forma prática de registro e acompanhamento.

         A Oficina de Robótica e a Oficina de Lógica e Matemática também compõem o Projeto Clarisse Digital. Voltadas para os educandos, elas têm proporcionado uma maior interação entre os adolescentes através da análise de situações-problema e na busca por soluções inovadoras e eficientes, desenvolvendo ainda mais o raciocínio lógico-matemático nas situações do cotidiano.

         Desenvolvidas por um jovem morador e voluntário da comunidade, as oficinas já se transformaram em uma atividade bastante lúdica e descontraída, despertando a atenção de todos.

         É a convivência e a tecnologia, aliadas na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva.